Quando é hora de (se) mudar?


Há, no inconsciente coletivo das pessoas, a ideia de que a mudança só deve acontecer ( se acontecer ) quando algo não está a contento, quando estamos insatisfeitos, incomodados ou desconfortáveis.
É comum por exemplo, procurarmos uma nova casa quando a nossa começa a ficar pequena, quando a vizinhança não é boa, quando aparece alguma infiltração.
Mas, e quando a casa é boa, grande e confortável, por que mudar?
Quando temos em nossa casa tudo o que precisamos, o ambiente é acolhedor e as pessoas com quem moramos são agradáveis, por que motivo pensaríamos em sair dali?
Talvez, porque não devamos pensar em nos mudar apenas quando alguma situação nos incomoda, devamos pensar em mudar também, quando alguma situação nos acomoda!
Estar em casa, onde você nasceu, cresceu, e viveu a vida toda é reconfortante, seguro, mas e o mundo lá fora? E os lugares que você pode descobrir? Os lugares onde você pode se descobrir? Você não vai conseguir visitá-los ou até mesmo fazer nova morada, se não ousar sair de casa, do conforto do conhecido?
O mesmo vale para a nossa vida profissional, - Muitas vezes estamos tão bem inseridos numa posição, adequados num cargo, com total domínio dos processos e relações daquele ambiente, que passamos a nos sentir em casa, o local se torna seguro, acolhedor e não mais desafiador, como na medida do possível deve ser. E este é o momento de pensar em viajar, descobrir novos rumos. Realizar um bom trabalho deixando a sua marca não nas paredes, mas no concreto da casa de tal forma que mesmo que mude, a casa seja reformada e venham novos moradores, o seu legado seja preservado. E então olhar para frente, agradecer por todo o tempo em que estivemos no nosso lar, olhar com carinho para cada compartimento da casa, levar na bagagem do coração as pessoas com quem vivemos e os valores que aprendemos, na mente as experiências e ensinamentos adquiridos com os colegas, mas fazer as malas e trilhar novos caminhos, com a inabalável fé de que “Quem perde o teto, ganha as estrelas “!

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